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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pesquisa identifica problemas de acessibilidade em trecho da Avenida Attílio Fontana

     Uma pesquisa sobre as condições de acessibilidade urbana em um trecho da Avenida Atílio Fontana, nas proximidades da Unochapecó, foi realizada pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da instituição. Foram avaliados os espaços públicos de circulação de pedestres e o acesso a edifícios em um segmento de 800 metros dessa via.
   O objetivo consistiu de elaborar diagnóstico das condições de acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos existentes na área, a partir do comparativo com recomendações da norma ABNT NBR 9050 e do Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana – Brasil Acessível. Realizada em março e abril de 2011, na oficina temática de extensão em Acessibilidade, promovida pelo curso de Arquitetura da Unochapecó, a pesquisa partiu de estudo do referencial, depois foram coletados dados e ocorreu o registro fotográfico, a sistematização e análise. Os resultados da pesquisa são considerados contundentes e respondem às questões levantadas, em várias situações que constroem o diagnóstico pretendido.
     Uma dos indicativos é a sobreposição de situações de limitação da acessibilidade, no acesso aos edifícios e nas áreas públicas de circulação de pedestres, como calçadas e travessias. Entre outros fatores identificados, estão a inexistência de calçadas adaptadas a pessoas com mobilidade reduzida e falta de calçadas pavimentadas dotadas de infraestrutura mínima que garanta a circulação livre e segura de pessoas. Mesmo nas calçadas onde há pavimentação tátil, a noção de acessibilidade sugerida poucas vezes se confirma, pelo fato de a paginação do piso concentrar várias inconsistências em relação aos padrões recomendados em norma, o que revela falhas no projeto, execução ou fiscalização das obras.
      Outro dado é que as travessias não permitem deslocamentos seguros ao pedestre, com obstáculos e ausência de mecanismos de orientação destinados a garantir a preferência do pedestre e sistema elevado de travessia, como recomendado em vias de alta periculosidade. Assim, são frequentes as travessias arriscadas, pela incapacidade das faixas de segurança existentes atenderem adequadamente à demanda existente. Também há poucos rebaixamentos nas calçadas e não são devidamente sinalizados.

Situação de abandono

     Quanto aos edifícios, de 94 estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, apenas 18 são acessíveis. Em muitas situações, a difícil acessibilidade se dá por questões simples, como no caso de pequenos desníveis junto aos acessos, que poderiam ser facilmente resolvidos ou adaptados. Também há irregularidades das rampas existentes em relação aos parâmetros recomendados pela ABNT NBR 9050. Em relação ao mobiliário, as deficiências vão desde a ausência de sinalização tátil adequada até a falta de mobiliário adaptado, como telefone público para cadeirantes/pessoas com baixa estatura. Já nos pontos de parada de ônibus não há espaço protegido que possa ser utilizado por cadeirantes sem comprometer o fluxo de pessoas nas calçadas. 
   O que foi identificado denuncia “uma situação de abandono e constitui mais um argumento que dá respaldo à teoria de que o desenvolvimento da cidade de Chapecó tem se dado de forma desigual, desacompanhado da oferta de infra-estrutura e espaços públicos de qualidade a todos seus habitantes”, indica a pesquisa. Acrescenta que tal fato constitui problema de ordem social, caracterizado pelo não-cumprimento de direitos mínimos da coletividade, relativos à garantia da livre circulação e acesso aos espaços na cidade.


Postado por Matheus,
Horário: 21:38,
Data: 30/11/11,
Fonte: Extra Comunica.

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