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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Descriminalização do aborto deve ser discutida “sem julgamento”

A data de 28 de setembro, nesta sexta-feira, é o Dia de Luta pela descriminalização do aborto na América Latina. O tema é controverso, delicado e até um tabu, “mas precisa ser debatido abertamente”. É o que pensa a presidente do Conselho Municipal de Direitos da Mulher Izelda Oro. É considerado como grave problema de saúde pública. Provoca complicações à saúde e sua clandestinidade é responsável por 11% das mortes por tal ação que poderiam ser evitadas. 
Também presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó - Siticom, Izelda diz que não se trata de tomar posição favorável ou contrária. “Precisamos sim, discutir o assunto desprovido de qualquer julgamento”. Destaca ser preciso entender o motivo das discussões que estão sendo realizadas em todo o país. O tema se constitui em “dura realidade social” admite a sindicalista, para acrescentar que “exige profundo debate para a formação de consciências”. 
Especialistas entendem que a atenção necessária ao setor somente será possibilitada com ampla legalidade do aborto. Hoje o procedimento é permitido apenas quando a gravidez resulta de estupro, constitui ameaça à vida da mulher ou nos casos de anencefalia. Mostram ainda que como a grande maioria é realizada de forma clandestina, precária, arriscada e insegura, hospitalizações desnecessárias são feitas, gerando grande problema para a saúde pública no país. 

Refletir é preciso 

O Departamento da Mulher do Siticom, em todos os eventos que promove com as mulheres associadas, procura orientar e motiva à reflexão junto às trabalhadoras e toda sociedade “sem induzir ninguém”. Estatísticas mostram que a nível nacional, uma em cada sete mulheres já interrompeu uma gestação. O pico de incidência acontece em gestantes com idade entre 20 e 24 anos. 
No entanto, ainda de acordo com as pesquisas, os abortos são praticados por mulheres que, em sua maioria são casadas e mães de família. Não desejam aumentar o número de filhos em função de gravidezes indesejadas. Garantem os profissionais especializados que a legalização é uma pauta para a democracia social. Além de ser um direito sexual e reprodutivo universal, a ilegalidade recai de forma injusta e desumana sobre as mulheres mais pobres, com menos recursos para realizar a interrupção de sua gravidez indesejada. 
O Uruguai deve se tornar o primeiro país sul-americano a descriminalizar o aborto. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto na terça-feira (25). Agora segue ao Senado e depois a sanção presidencial. Os uruguaios consideram a lei virtualmente aprovada por existir certo consenso sobre o projeto.


Postado por Matheus,
Horário: 18:30,
Data: 27/09/12.

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