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domingo, 27 de maio de 2012

ACIC: 65 anos em defesa de quem produz e desenvolve Chapecó

A infraestruturação do oeste catarinense, o fortalecimento das classes empresariais e o desenvolvimento harmônico da comunidade compõe o quadro de prioridades da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) no seu 65o aniversário de fundação, festejado neste mês de maio. Presidida por Maurício Zolet, a entidade atinge plena maturidade institucional e com prestígio e reconhecimento em todo o sul do Brasil.
Zolet nasceu em Chapecó em 16 de janeiro de 1966, tem 46 anos, é pai de dois filhos (Débora e Eduardo) e casado com Rosangela Huk Amarante. Graduou-se engenheiro agrônomo, pós-graduou-se pela Fundação Getúlio Vagas em Gestão Empresarial e Unochapecó em Desenvolvimento Gerencial. É diretor da Zolet Fotografias e sócio da Zolet Imóveis. Teve ampla atuação na ACIC, foi diretor administrativo nas gestões 2000/2001, 2008/2009 e vice-presidente na gestão 2010/2011. Integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e o Conselho de Desenvolvimento Territorial de Chapecó.

Em que condições institucionais e organizacionais a ACIC chega ao 65o ano de fundação?

Maurício Zolet – A ACIC completa 65 anos como uma das mais respeitadas entidades empresariais de Santa Catarina, reconhecida por sua atuação independente e apartidária, orientada pelos interesses da comunidade e motivada pela defesa da liberdade econômica, pela igualdade de oportunidades e pela representação dinâmica dos empresários e demais classes produtoras de Chapecó. Dispomos de estrutura própria, uma diligente equipe de colaboradores, um quadro diretivo de alta representatividade, incluindo a Diretoria Executiva, o Conselho Deliberativo e o Conselho Consultivo, além de um quadro social com empresários e empreendedores de todas as áreas da atividade econômica que representam 85% do PIB chapecoense.

O que mudou na atuação da ACIC nessas seis décadas e meia?

Zolet – Na essência, os ideais e os compromissos são os mesmos. Quando o pioneiro Serafim Enoss Bertaso fundou e presidiu a ACIC nos idos de 1947, as questões que envolviam a economia local e regional eram de relativa complexidade e as ações se voltavam para a integração do “Velho Chapecó” ao território catarinense, eis que era uma região abandonada, distante da capital, cujos habitantes nutriam forte vinculação ao Rio Grande do Sul e quase nenhuma a Santa Catarina. Hoje essa situação mudou: o oeste está integrado ao território, à cultura, à comunicação social e à política catarinense. Agora, a atuação da ACIC se volta para a defesa técnica e política do empresariado e para a sustentação de importantes bandeiras de interesse regional, como a infraestruturação do oeste.

Ao contrário do que muitos pensam, a ação da ACIC tem forte conteúdo social, comunitário e político, porém não partidário!

Zolet – Exatamente, cumprimos um papel político – que não é e jamais será partidário – mas que convoca o cidadão que há por trás de cada empresário para exercer seus direitos, participar e dar sua cota de contribuição, exigir maior diligência dos órgãos públicos, maior eficiência do administrador público e justiça fiscal do Estado. Atuando nesta direção, contribuímos para erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades regionais.

Quais são as metas de alta prioridade da ACIC para este biênio?

Zolet – Do setor privado queremos a conscientização e a participação cada vez maior dos empresários nas ações e mobilizações que promovemos. Do setor público queremos mais investimentos no grande oeste de SC. Sustentaremos importantes bandeiras, entre elas, a recuperação da rodovia BR-282 com a duplicação ou construção da terceira pista, duplicação do acesso rodoviário norte, construção das ferrovias leste-oeste e norte-sul, modernização do aeroporto Serafim Bertaso que se encontra em fase de obras e criação de um novo parque de exposições multiuso.

O parque multiuso é um projeto arrojado e totalmente novo na esfera de atuação da entidade?

Zolet – Em face das demandas das feiras técnicas e das feiras de massa surgiu, ainda na gestão do presidente João Carlos Stakonski, a necessidade de um novo parque de exposições. Com a assessoria da arquiteta Márcia Damo elaboramos estudos e projeto para um moderno e infraestruturado parque multieventos, contemplando pista de automobilismo, kart, arrancada, rodeios, motociclismo e arena multiuso, entre outros equipamentos.

O Projeto Chapecó MultiParque resulta do fato da ACIC ser protagonista de grandes eventos e da importância econômica das feiras para a região?

Zolet – A ACIC promove ou apoia importantes eventos e grandes feiras e exposições, como a Expen, Ercoex, Mercoagro, Mercoláctea, Efapi etc. As feiras dinamizam a econômica, geram empregos, oportunizam negócios e fortalecem a posição de Chapecó e do oeste na contextura nacional e internacional. O aumento da complexidade desses eventos requer um novo e estruturado espaço, o que pretendemos conquistar mediante parceria público-privada nos próximos anos.

A segurança pública em Chapecó tem sido uma questão de permanente atenção da ACIC. Ela continua na pauta de reivindicações?

Zolet – Tivemos melhorias parciais que se constituem em avanços, mas não solucionam a problemática. Obtivemos progresso de relativa importância, com aumento do efetivo e de equipamento. A ACIC intensificará a defesa pela ampliação de investimentos porque nós queremos o fortalecimento do aparelho de segurança pública de Chapecó com recursos materiais e humanos para neutralizar o crescimento da criminalidade e da violência no município. Na área da Polícia Militar, reivindicamos a formação de novas turmas de policiais militares para preencher as vagas existentes na corporação local, entre outros itens. Na esfera da Polícia Civil, os pedidos são, basicamente, de reforço no efetivo na forma de delegados, investigadores e escrivães.

Por que a campanha por ferrovias se tornou uma questão de vida ou morte para o grande oeste catarinense?

Zolet – Porque se trata, realmente, de uma questão de vida ou morte: a permanência das agroindústrias no oeste catarinense dependerá da construção da ferrovia intraterritorial leste-oeste (ligando a região produtora aos portos catarinenses) e ferrovia interestadual norte-sul (ligando Chapecó ao Mato Grosso do Sul). A região importa mais de dois milhões de toneladas desse grão por ano e necessita de uma ferrovia para unir os dois polos (oeste de SC e Brasil central) – levando o alimento industrializado para as grandes cidades e trazendo, principalmente, milho e soja. A ausência de ferrovia está retirando a competitividade regional e fazendo empresas catarinenses migrarem para o centro do país. O custo de transporte, caso mantenha-se a atual matriz, deverá inviabilizar grandes empreendimentos do agronegócio catarinense. O transporte rodoviário para longas distâncias e grandes volumes não se sustenta no longo prazo pelo seu componente de custos.
Também é de vital importância para a cadeia produtiva da avicultura a ferrovia leste-oeste, também chamada de “Ferrovia do Frango”, ligando a região produtora com os portos catarinenses. Todo transporte está baseado em rodovias, as quais são gargalos em SC pelo subdimensionamento, congestionamento, morosidade, etc., que propiciam consumo excessivo de combustíveis, muitos acidentes, custos altos e um impacto ambiental desnecessário.


Postado por Matheus,
Horário: 15:21,
Data: 27/05/12,
Fonte: MB Comunicação.

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