Preparação profissional, vigilância da
concorrência e constantes pesquisas de mercados são os três pilares que devem
nortear as ações estratégicas do empreendedor. Com base nessa premissa o
proprietário do Lang Palace Hotel e das Rádios Super Condá, Oeste Capital e
Sonara, Alfredo Lang, relatou sua experiência empresarial na última
quinta-feira (26), durante a terceira edição do programa “Trajetória
profissional: aprendendo a empreender”, na cantina do Cesec. A iniciativa foi
da Câmara de Desenvolvimento Lojista Jovem de Chapecó (CDL Jovem).
“Sem iniciativa privada não temos
desenvolvimento” enfatizou o empresário ao explicar a importância do
empreendedorismo. Lang defendeu que o primeiro passo do empreendedor é
acreditar no potencial da ideia, depois criar vínculo com a atividade proposta
e manter um pensamento estratégico. “Há um princípio bíblico que diz que cada
pessoa tem um dom para desenvolver. Por isso, é necessário respeitar o estilo
individual”, argumentou.
Depois de estruturada a empresa, a
orientação foi de dimensionar os negócios delimitando os passos necessários, aonde
se quer chegar e, após a coroação com êxito, saber para onde expandir. “A
cautela é fundamental".
Para Lang, o sucesso profissional está
firmado em dois fatores: profissionalização e aprofundamento. “A pessoa precisa
estar preparada e dominar a área onde vai atuar. Para saber o caminho pode
utilizar ferramentas como a pesquisa”, explicou.
Os levantamentos apontam as tendências
e os nichos de mercados e por isso os empresários devem estar atentos para os
ciclos que podem trazer surpresas, principalmente porque a economia é dinâmica
e intensa. De acordo com o empresário, na atividade econômica a tradição não é
recomendável. “Não segui os passos dos meus familiares. O que foi aplicável
recebi de bom grado, mas a concorrência levou-me para outros rumos. Não sou
contra a sucessão familiar, mas os laços afetivos não correspondem ao sucesso
do empreendimento”, relatou.
Lang também ressaltou a
responsabilidade da classe empresarial com a cidadania. A partir do momento em
que o capital não é remunerado, não há recolhimento de impostos, não ocorrem o
desenvolvimento e a prosperidade. “Os jovens lojistas têm muitos desafios. As
circunstâncias mudarão e o que sustentará é a formação, planejamento e
pesquisa”.
Ao falar em desafios, o empresário
ressaltou o apoio da família para superá-los e citou os investimentos do hotel
como exemplo. “A burocracia atrofia o progresso da economia. Se não tivéssemos
planejamento esse projeto sucumbiria. Nossa família se privou de muitas coisas
para vencer a demora da liberação dos recursos do financiamento”, explicou.
Na área da comunicação relatou a
implantação da Rádio Super Condá em 1976 e da primeira emissora de televisão de
Chapecó - a TV Cultura, que em 30 de novembro de 1982 foi vendida para o grupo
RBS. Também falou das inúmeras tentativas, no período de dezembro de 1982 a
abril de 1985, para conquistar a concessão da segunda emissora de televisão no
município. Além disso, abordou a extraordinária contribuição do jornal semanal
Correio do Sul, na década de 70. “Quando a Chapecoense ganhou o título foram
publicados mais de 15 mil exemplares. Até hoje é a edição de maior tiragem do
município. Era muito importante na época, tanto que as pessoas faziam filas nas
bancas”, comentou.
Para finalizar, Lang enalteceu o
trabalho da imprensa que contribui no desenvolvimento regional. “A classe
empresarial deve reconhecer que se não tivéssemos um polo de comunicação
demoraria mais para as reivindicações chegarem aos governantes”, destacou.
A diretora da CDL Jovem, Branca Rubas,
disse que o testemunho do empresário contribuiu para mostrar aos jovens
lojistas que os desafios auxiliam no amadurecimento dos negócios.
Postado por Matheus,
Horário: 16:41,
Data: 30/04/12,
Fonte: MB Comunicação.
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