Dezesseis novos ônibus foram adquiridos
pela Auto Viação Chapecó para implementar as condições de atuação no transporte
coletivo urbano. Essas unidades estão entre as mais modernas da indústria e
representam investimento de R$ 5 milhões. Ao mesmo tempo, a direção da empresa
avalia o período de quase quatro anos sem majoração das tarifas e assinala o
peso das gratuidades no custo para o passageiro que paga e que neste ano
superam os R$ 4 milhões.
Com a aquisição, a
empresa chega à casa dos 90 ônibus, e será reduzida a idade média da frota,
atualmente de 3,17 anos. Com os 16 novos veículos, passará para dois anos, uma
das melhores do país.
Com chassi
Volkswagen, dos novos modelos 15190 e 17230, e carroceria Mascarello, eles serão recebidos em meados de dezembro. Todos estarão com equipamentos para
o transporte de portadores de necessidades especiais, conforme as
especificações do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Inmetro). Possuirão novo motor, que usa como
combustível o diesel S-50, em vez do S-1800. O S-50 representa uma nova geração
de diesel, menos poluente, que reduz em até 90% as emissões de enxofre e
diminui a fumaça branca, além de proporcionar melhor partida a frio, e já está
em teste em uma unidade.
Em janeiro, lembra
o diretor João Carlos Scopel, seriam completados quatro anos sem elevação da
tarifa, que teve a última majoração em 8 de janeiro de 2009, através do decreto
municipal 19.342. Diante dessa defasagem, a última compra de ônibus havia
ocorrido em 2010.
Além disso, as
empresas de transporte coletivo enfrentaram em Chapecó duas greves de
funcionários, que reivindicavam correções que não puderam ser atendidas. O aumento
concedido na última sexta-feira, de 8,37% para passagens adquiridas
antecipadamente, de 8,70% quando compradas nos ônibus e de 10% para estudantes,
enquanto a inflação desde janeiro de 2009, pelo INPC, está na ordem de 20,29%.
Conforme levantamento, 80% são obtidas de antemão.
O custo das gratuidades
Somente neste ano,
a AVC calcula que as gratuidades tenham atingido, até o final de setembro,
aproximadamente dois milhões de passageiros, ou recursos da ordem de R$ 4,17
milhões. Isso é representado pelo sistema de integração, pelo qual uma passagem
pode ser utilizada em dois trajetos e que envolveu 783.200 usuários, pelo
transporte de 500.204 estudantes, que pagam 50% do valor, e condução gratuita
de 470.207 idosos, 169.939 portadores de necessidades especiais juntamente com
19.066 acompanhantes e de outros 6.383 representados por funcionários públicos
e servidores do Correios.
Para João Scopel,
“é insustentável o peso no custo do transporte coletivo urbano para todos os
seus usuários”. Ele lembra que esse comprometimento é arcado pelos demais
passageiros que pagam: “Quem paga por si, também paga pelos outros”. Acrescenta
que se não houvesse a gratuidade, poderiam ser feitos mais investimentos e até
reduzido o valor da passagem.
Postado por Matheus,
Horário: 22:34,
Data: 24/10/12.