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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Desoneração da folha de pagamento no transporte de cargas é bem recebida

Para o Sitran queda de imposto a partir de 2014 possibilita novos investimentos 


Surge em boa hora a desoneração da folha de pagamento também para o setor de transporte de cargas. Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de Chapecó - Sitran, Denereci Perin, disse que a medida representa “um grande alivio a esta área econômica”. Lembra que as empresas já haviam assumido pesado ônus com a lei 12.619 regulamentando a profissão de motorista. A desoneração é uma expressiva vitória e “deixa de martirizar um pouco o transportador”, comenta. 
A medida provisória que inclui o transporte de cargas na política de desoneração da folha de pagamentos tem grande significado. A partir de 1º de janeiro do próximo ano as empresas do setor deixarão de recolher INSS pela atual modalidade, calculado sobre 20% da folha de pagamento. Ao invés disso, passarão sim a recolher sobre o faturamento, aplicando alíquota de 1%. 
Isso implica na redução dos valores recolhidos para a previdência social “diminuindo os encargos incidentes sobre o salário pago aos empregados”, explica o assessor jurídico do Sitran Ariel Silva (OAB/SC 20.739). O advogado enfatiza que com o custo menor, há elevação da margem de lucratividade, “possibilitando às empresas pensar em novos investimentos”. 

Cuidado 

Silva recomenda, entretanto, que qualquer investimento seja rigorosamente programado “a partir do levantamento contábil do efetivo proveito econômico” obtido pela mudança tributária. Pondera, ainda, que é preciso levar em consideração as expectativas de que a MP venha a perdurar por muito tempo. Alerta que devem ser realizados “a partir da realidade concreta, não de expectativas”. 
O advogado do Sitran entende que a desoneração da folha estabelece “certa compensação” ao impacto da Lei 12.619. Nesse contexto permite investimento em organização gerencial, por exemplo. Desta maneira a empresa melhora as ferramentas de gestão logística e administrativa, para cumprir com as determinações da nova legislação sem perder a competitividade. 
Sugere que o primeiro investimento a ser pensado para o atual momento do transporte de cargas, especialmente pelas pequenas e médias transportadoras, seja na profissionalização da gestão empresarial. Destaca que “quem não profissionalizar sua administração” tende a estar fora do mercado nos próximos anos.


Postado por Matheus,
Horário: 23:06,
Data: 10/04/13,
Fonte: Assessoria de Imprensa / Sitran.