Estima-se que 30% da população sofre algum tipo de perturbação mental e a tendência é esse percentual crescer, decorrências das adversidades sociais. Também existem cálculos identificando que até 50% das demandas de direitos e benefícios de trabalhadores, envolvem abalos à saúde mental. Entre os fatores que prejudicam a mente saudável estão à solidão, o desemprego, envelhecimento, stress, insônia, depressão e a dependência química, a que mais fere o equilíbrio mental.
A depressão e ansiedade são dois dos principais fatores que causam doenças mentais e atingem expressivo volume de pessoas. Estudos disponíveis mostram grande preocupação com os efeitos do cenário sobre a produtividade dos profissionais. Como não há estrutura de tratamento ideal, metade dos casos sérios fica desacompanhada e 70% das ocorrências consideradas moderadas não recebem tratamento adequado.
Este tema e suas graves consequências mobilizou o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. A presidente do CMDM Izelda Oro sugeriu medidas para minimizar os efeitos que vem “ganhando corpo”. As doenças mentais são responsáveis pela inatividade de centenas de trabalhadores. Também “comprometem sistematicamente a vida de expressivo número de famílias”, lamenta Izelda, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário.
Em 2011 foi criado grupo de trabalho em saúde mental, coordenado pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) com participação da Secretaria Municipal de Saúde e outras instituições. A meta era elaborar projeto de pesquisa para conhecer e analisar a realidade do município no assunto, mostrando dados científicos. A iniciativa iria contribuir para a implementação da Política Municipal de Saúde Mental.
A quatro mãos
O grupo surgiu de reuniões da sociedade civil organizada “apreensiva com a realidade da dependência química no município”, destaca a professora Alessandra Regina Müller Germani, do curso de graduação em enfermagem da UFFS. Mais de 20 reuniões já foram realizadas e o trabalho está em fase de conclusão.
O projeto vai traçar um diagnóstico em três eixos: saúde mental (psicopatologias), dependência química e uso de medicamentos psicotrópicos. A intenção é entrevistar 2.500 pessoas. A professora crê que agora no segundo semestre será possível iniciar o processo de coleta de dados. Os subsídios colhidos servirão de base ao município implantar políticas públicas para prevenir e combater os efeitos.
Postado por Matheus,
Horário: 15:47,
Data: 22/06/12,
Fonte: Assessoria de Imprensa / Siticom.
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