A Federação das Indústrias do Estado de
Santa Catarina (FIESC) realizou na última sexta-feira (25), Dia da Indústria,
uma palestra sobre “A indústria e seus desafios”. O encontro reuniu mais de
sessenta pessoas na sede da Associação e do Sindicato das Indústrias de
Serrarias e Móveis do Vale do Uruguai (Amoesc/Simovale) e teve o apoio da
Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC).
Entre os convidados que prestigiaram o
evento estavam os vice-presidentes do Sistema FIESC e Regional Oeste,
representantes de sindicatos patronais da indústria, profissionais e
empresários.
A palestra foi ministrada pelo
professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), André Luis da Silva
Leite, doutor em engenharia de produção e com pós-doutorado em economia. O
professor abordou uma série de aspectos socioeconômicos e culturais do Brasil,
desafios a serem superados para que haja uma melhora efetiva no desenvolvimento
do setor industrial.
Um dos aspectos é a necessidade de
haver um amadurecimento do sistema financeiro para fomentar a economia. O
palestrante explicou que a taxa cambial desfavorável e a logística deficitária
são alguns dos fatores que refletem diretamente nos preços, inviabilizando a
exportação dos produtos. “O que falta no Brasil são políticas públicas voltadas
à exportação”, enfatizou Silva Leite.
Entre os demais desafios estão o
problema com a padronização do consumo de produtos de referência, a integração
produtiva no âmbito internacional e a necessidade de um adensamento e
enraizamento da estrutura produtiva do Brasil. A previsão do economista é de
que, apesar dos diversos desafios, a indústria ainda será por muitos anos a
força motriz do desenvolvimento econômico do país.
O vice-presidente regional da Fiesc,
Waldemar Antônio Schmitz, afirmou que a maior missão do Sistema é fortalecer as
indústrias para um desenvolvimento sustentável e para o bem-estar econômico e
social. “Faremos um grande trabalho com outras entidades e associações de todo
o município, no sentido de amenizar os custos e tornar as empresas mais
competitivas”, explica.
Schmitz também pontuou que o setor
industrial de Santa Catarina gera 736 mil postos de trabalho. No Oeste
Catarinense são aproximadamente 143 mil trabalhadores que atuam no ramo,
resultando em um percentual de 9% no PIB do Estado.
O presidente da ACIC, Maurício Zolet,
destacou a parceria com a Fiesc para fortalecer o setor industrial da região.
“As nossas bandeiras são as mesmas, visando sempre apoiar esta importante
classe econômica, que muito contribui para o desenvolvimento do oeste
catarinense”, comenta Zolet.
O presidente da Amoesc/Simovale, Osni
Verona, entende que as indústrias e entidades representativas devem buscar
apoio para que o setor não perca competitividade. “As empresas do oeste em
vários setores enfrentam concorrências desleais com o mercado externo, altas
taxas de juro, falta de mão de obra qualificada, além de problemas de
logística, transporte e infraestrutura. A única forma de manter uma posição de
crescimento é reivindicar investimentos para o setor, além da redução das
cargas tributárias, recursos para a formação profissional e apoio à
exportação”, complementou.
Postado por Matheus,
Horário: 20:28,
Data: 29/05/12,
Fonte: MB Comunicação.
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