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terça-feira, 29 de maio de 2012

Indústria terá desafios para crescer

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) realizou na última sexta-feira (25), Dia da Indústria, uma palestra sobre “A indústria e seus desafios”. O encontro reuniu mais de sessenta pessoas na sede da Associação e do Sindicato das Indústrias de Serrarias e Móveis do Vale do Uruguai (Amoesc/Simovale) e teve o apoio da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC).
Entre os convidados que prestigiaram o evento estavam os vice-presidentes do Sistema FIESC e Regional Oeste, representantes de sindicatos patronais da indústria, profissionais e empresários.
A palestra foi ministrada pelo professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), André Luis da Silva Leite, doutor em engenharia de produção e com pós-doutorado em economia. O professor abordou uma série de aspectos socioeconômicos e culturais do Brasil, desafios a serem superados para que haja uma melhora efetiva no desenvolvimento do setor industrial.
Um dos aspectos é a necessidade de haver um amadurecimento do sistema financeiro para fomentar a economia. O palestrante explicou que a taxa cambial desfavorável e a logística deficitária são alguns dos fatores que refletem diretamente nos preços, inviabilizando a exportação dos produtos. “O que falta no Brasil são políticas públicas voltadas à exportação”, enfatizou Silva Leite.
Entre os demais desafios estão o problema com a padronização do consumo de produtos de referência, a integração produtiva no âmbito internacional e a necessidade de um adensamento e enraizamento da estrutura produtiva do Brasil. A previsão do economista é de que, apesar dos diversos desafios, a indústria ainda será por muitos anos a força motriz do desenvolvimento econômico do país.
O vice-presidente regional da Fiesc, Waldemar Antônio Schmitz, afirmou que a maior missão do Sistema é fortalecer as indústrias para um desenvolvimento sustentável e para o bem-estar econômico e social. “Faremos um grande trabalho com outras entidades e associações de todo o município, no sentido de amenizar os custos e tornar as empresas mais competitivas”, explica.
Schmitz também pontuou que o setor industrial de Santa Catarina gera 736 mil postos de trabalho. No Oeste Catarinense são aproximadamente 143 mil trabalhadores que atuam no ramo, resultando em um percentual de 9% no PIB do Estado.
O presidente da ACIC, Maurício Zolet, destacou a parceria com a Fiesc para fortalecer o setor industrial da região. “As nossas bandeiras são as mesmas, visando sempre apoiar esta importante classe econômica, que muito contribui para o desenvolvimento do oeste catarinense”, comenta Zolet.
O presidente da Amoesc/Simovale, Osni Verona, entende que as indústrias e entidades representativas devem buscar apoio para que o setor não perca competitividade. “As empresas do oeste em vários setores enfrentam concorrências desleais com o mercado externo, altas taxas de juro, falta de mão de obra qualificada, além de problemas de logística, transporte e infraestrutura. A única forma de manter uma posição de crescimento é reivindicar investimentos para o setor, além da redução das cargas tributárias, recursos para a formação profissional e apoio à exportação”, complementou.


Postado por Matheus,
Horário: 20:28,
Data: 29/05/12,
Fonte: MB Comunicação.

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