Uma série de ações serão implementadas
neste ano para o fortalecimento de ações e a viabilização de projetos culturais
em Chapecó. A Associação Comercial e Industrial (ACIC), o Sindicato dos
Contabilistas (Sindicont) e a Fundação de Cultura de Chapecó (FCC) se uniram
para promover um esforço de conscientização do empresariado e de engajamento
dos contadores na utilização dos benefícios da lei federal de incentivo à
cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991).
A parceria foi estabelecida em encontro
dos presidentes Maurício Zolet (ACIC), Dalvair Anghében (Sindicont) e Roselaine
Vinhas (FCC), neste mês, que contou com a presença do auditor fiscal da Receita
Federal Roberto Forsélius.
Conhecida por Lei Rouanet, essa norma
federal institui políticas públicas para a cultura nacional mediante destinação
parcial do Imposto de Renda, porém, os empresários desconhecem essa
possibilidade. Para corrigir essa deficiência e dar impulso à cultura em geral
e às artes em particular, a ACIC e o Sindicont promoverão campanha de
orientação. A lei possibilita as empresas (pessoas jurídicas) e cidadãos
(pessoa física) aplicarem 4% e 6% respectivamente do IR devido em ações
culturais.
A ACIC e o Sindicont editarão uma
cartilha com informações para orientar sobre os benefícios da legislação,
incluindo conteúdo disponibilizado pelo Ministério da Cultura. Além disso,
serão promovidas palestras para empresários e interessados em apoiar as
iniciativas culturais. Também serão organizados workshops sobre elaboração de
projetos para que entidades, ONGs, artistas e outros empreendedores culturais
possam ter acesso aos benefícios legais.
De acordo com Roberto Forsélius, nos 30
municípios polarizados pela unidade da Receita Federal em Chapecó foram
captados, em 2011, através dos incentivos da Lei Rouanet, apenas R$ 245 mil
reais. No mesmo período, os 23 municípios polarizados em Joaçaba registraram
doações para a mesma finalidade no valor de R$ 2 milhões 280 mil reais.
As doações em Chapecó são poucas por
falta de articulação e difusão, acredita o presidente da ACIC, Maurício Zolet.
Levantamento junto aos órgãos fazendários revela que as empresas chapecoenses
pagam cerca de 120 milhões de reais de imposto de renda por ano. Parte desse
dinheiro (recolhido pelas empresas tributadas pelo regime de lucro real)
poderia ficar na cidade. De acordo com a Fundação de Cultura do Município
existem 45 projetos aprovados com previsão de captação total de 500 mil reais
através da Lei Rouanet.
Zolet e Anghében lembram que a lei
surgiu para educar as empresas e cidadãos a investirem em cultura. Observam
que, além dos incentivos fiscais com o benefício no recolhimento do imposto, o
empresariado seria estimulado a patrocinar eventos culturais.
Podem receber incentivos da Lei Rouanet
sete áreas culturais: artes cênicas (segmentos teatro, dança, circo, mímica), audiovisual
(longa, média e curta metragem, vídeo, CD-ROM, rádio, TV, infraestrutura
técnica, distribuição, exibição, eventos e multimídia), música (erudita,
instrumental e música em geral), artes visuais (plásticas, gráficas, filatelia,
gravura, cartazes, fotografia, exposição), patrimônio cultural (histórico,
arquitetônico, arqueológico, ecológico, museu, acervo, acervo museológico,
cultura indígena, artesanato e folclore), humanidades (edição de livros, obras
de referência, acervo bibliográfico, biblioteca, arquivos, periódicos,
história, filosofia e evento literário) e artes integradas (quando envolve mais
de uma área, como festival de arte ou oficinas de música e artes plásticas).
Postado por Matheus,
Horário: 20:12,
Data: 31/07/12.
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