O município de Chapecó tem um dos
piores serviços de Internet e telefonia celular do Brasil. Essa situação é
constatável em qualquer pesquisa de satisfação com empresários, profissionais
liberais e consumidores individuais. Revoltada com esse cenário, a Associação
Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) reivindicou que a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) exija – em regime emergencial – que as operadoras de
telefonia móvel e internet façam investimentos imediatos na ampliação da
infraestrutura para equacionar esse quadro de descaso e de desrespeito às
empresas e aos consumidores.
Em expediente à Anatel, a ACIC coloca
que “para infelicidade geral dessa próspera comunidade, os serviços de
telefonia móvel e de internet são de péssima qualidade e estão muito abaixo dos
padrões mínimos de eficiência admissíveis, hodiernamente, em todo o mundo”.
A entidade reclama que a Internet em
Chapecó é caracterizada como de baixa velocidade e linhas precárias, sinal
inexistente em metade da área urbana e linhas de celulares sempre
congestionadas. Em tom de desabafo, a ACIC sustenta que “os usuários em geral
dos serviços, em Chapecó, são diariamente vítimas de um estelionato. Essa é a
melhor qualificação para essa situação: as companhias vendem um serviço que não
podem entregar”.
No documento, a entidade demonstra que
é evidente a falta de infraestrutura de processamento de comunicações para
atender ao volume de linhas e ao tamanho da demanda. É um caso típico de crime
contra a economia e o consumidor. De um lado falta infraestrutura para
sustentar qualidade aos serviços já vendidos, mas, de outro, as telefônicas não
cessam a venda de novos produtos telecomunicacionais – agravando, piorando,
agudizando e exacerbando o problema.
A ACIC enfatiza que a debilidade do
sistema em Chapecó é revoltante. Faltam mais torres de telefonia celular, pois
as instaladas estão esgotadas. Há apenas um cabo de fibra ótica para atender o
município e sua capacidade está no limite.
A situação se deteriora dia a dia em
face da popularização da Internet, das redes sociais e o aumento do uso de
smartphones, o que contribui cada vez mais para as demandas na rede. De outro
lado, um crescente número de empresas ingressa no comércio eletrônico como uma
área de investimento.
De acordo com a entidade, se fosse
aferida a velocidade da Internet em Chapecó, o município ficaria, com certeza,
com uma das conexões médias mais lentas entre todas as cidades do mundo. A entidade
observa, também, que a falta de estrutura para montar um comércio eletrônico
atinge grande número de empresas e registra que aproximadamente 95% são micro e
pequenos empresários.
DINAMISMO
O presidente da ACIC, Maurício Zolet,
realça que o município de Chapecó detém uma economia dinâmica e expressiva,
constituindo-se no maior polo de desenvolvimento econômico da parte ocidental
do território catarinense. Tornou-se um centro mundial de produção de proteína
animal e uma referência nacional em serviços especializados nas áreas
educacionais e de saúde, além de ostentar um comércio moderno, diversificado e
vigoroso. Nesse contexto de trabalho e produção, as telecomunicações se
constituem em ferramenta essencial para pessoas, empresas, organizações de todas
as áreas e agentes econômicos de todos os setores.
Postado por Matheus,
Horário: 22:17,
Data: 07/06/12,
Fonte: MB Comunicação.
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