Os impactos estruturais e econômicos
provocados pela Lei 12.619 que regulamenta a profissão de motorista foram
debatidos em Chapecó. O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas reuniu
empresários e assessorias jurídicas para tratar da questão e dirimir dúvidas
existentes. O presidente do Sitran Valmor Zanella considerou o encontro
produtivo. O debate foi aberto e passa a ser ampliado “para definir algumas
situações e viabilizar a integral aplicabilidade da nova lei”, explica.
A reunião foi coordenada pelo
presidente da Fetrancesc (Federação das Empresas de Cargas e Logística de Santa
Catarina), Pedro Lopes, que voltou a destacar a importância da regulamentação.
Diante de questionamentos ponderou que a lei foi criada com adesão “de todas as
partes interessadas”. Lamentou apenas o veto dado a alguns artigos,
principalmente o que definia a criação, por parte do Governo Federal, de pontos
de apoio para motoristas a cada 200 quilômetros de rodovias.
Lopes disse que nesta quinta-feira (17)
a lei será amplamente debatida em reunião de federações a ser realizada em São
Paulo. A regulamentação passa a vigorar dia 15 de junho, mas uma das propostas
pede a prorrogação da vigência por um prazo de 120 dias. O presidente da
federação acredita que neste período o transportador terá tempo suficiente para
se adequar às novas normas. A partir do encontro paulista, em Santa Catarina, o
conteúdo da legislação e suas fundamentações passarão a serem debatidos em pelo
menos cinco encontros regionais.
Dificuldades
Empresários manifestaram preocupação
com o integral cumprimento das regras estabelecidas. Pedro Lopes pediu
“prudência” aos transportadores na análise para a efetiva aplicação da nova
legislação. A maior dificuldade reside na execução e controle da jornada de
trabalho. A partir da entrada em vigor da lei o motorista precisará descansar
30 minutos a cada quatro horas de direção, deve ter repouso diário de 11 horas
a cada 24 horas e uma hora para refeição. “Tudo pode ser equacionado e como é
uma lei, seu conteúdo precisa ser cumprido”, enfatiza o dirigente.
Para o presidente do Sitran os
questionamentos e dúvidas “são normais, diante de grandes mudanças”. Zanella
disse que a regulamentação “foi boa para todos” e crê que os impactos serão assimilados
com rapidez.
Postado por Matheus,
Horário: 20:40,
Data: 16/05/12,
Fonte: Assessoria de Imprensa / Sitran.
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