Na próxima semana, professores de todo
o país planejam uma paralisação de três dias para cobrar de governos estaduais
e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério. Em Chapecó a
paralisação acontece de forma separada. Os professores da rede estadual de
ensino farão uma manifestação no dia 15, quinta-feira. E os funcionários
municipais vão iniciar a greve no dia 14, quarta-feira. Eles vão avaliar no
final do dia, se o movimento continua ou não.
A lei que instituiu uma remuneração
mínima para profissionais da rede pública foi aprovada em 2008, mas ainda hoje
causa polêmica. Estados e municípios alegam não ter recursos para pagar o piso,
especialmente agora que o Ministério da Educação (MEC) anunciou o valor para
2012 - R$ 1.451 – com um reajuste de 22%.
O Coordenador Regional do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação (Sinte) Regional de Chapecó, Cleber Ceccon, diz que
não vão aderir aos três dias porque já fizeram greve de 62 dias em 2011. “Na
regional, serão 1.200 professores de 10 municípios parados. Em Chapecó são
quase 800 educadores lutando por seus direitos”, explica.
Já o Sindicato dos Trabalhadores no
Serviço Público Municipal de Chapecó e Região (SITESPM-CHR), que realizou
assembleia na noite de ontem, ficou decidida a paralisação no dia 14. Segundo a
presidente, Vania Barcellos, a pouca valorização do servidor público fica
visível frente aos números nacionais. De 2005 a 2012 a economia brasileira
cresceu 28%; a receita da prefeitura de Chapecó subiu 64%; o salário mínimo
teve reajuste de 63%; o salário médio no país apresentou crescimento de 21%; e
o salário dos servidores municipais de Chapecó foi reajustado em apenas 5%.
As reivindicações incluem três itens
para cobrar da administração municipal: criar os adicionais por titulação aos
servidores (o magistério tem desde 1999); igualar o vencimento do agente
comunitário de saúde ao do auxiliar de serviços – R$ 1.001,64; e 10% de aumento
geral ou incorporar R$ 200,00 no vencimento de cada cargo.
Postado por Matheus,
Horário: 23:25,
Data: 09/03/12,
Fonte: Voz do Oeste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário