A Associação Catarinense de Avicultura
(ACAV) considera o emprego do sistema de alta pressão no processo industrial de
abate de aves uma medida essencial para a garantia do alimento seguro. O
procedimento é utilizado para remover eventuais contaminações por conteúdo gastrintestinal
visível nas superfícies internas e externas das carcaças antes da etapa de
pré-resfriamento. O sistema é uma alternativa à prática do refile, que consiste
na retirada por corte.
“As indústrias de abate e processamento
de aves estão comprando ou adaptando equipamentos para adotar intensamente a
prática de alta pressão nas carcaças das aves”, relata o presidente da ACAV,
Clever Pirola Ávila. Ele observa que a nova regra, estabelecida pela Resolução
nº 4, publicada no Diário Oficial da União em novembro passado, foi elaborada
com base em trabalhos promovidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal desde 2008.
Diversos inspetores veterinários do
departamento participaram da avaliação da execução de testes pilotos aprovados
em unidades de abate registradas no Ministério da Agricultura. O processo
também contou com estudos para avaliação do impacto dessa prática na segurança
do produto para o consumidor e equivalência com a legislação sanitária dos
países importadores.
Ávila realça que o procedimento é
seguro e está cientificamente embasado nos resultados obtidos com a primeira
etapa da pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São
Paulo (USP), executado em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq) e o Ministério. O levantamento demonstrou que o sistema
possibilita a diminuição da manipulação no processo de abate.
O procedimento proporciona uma redução
do número de funcionários na etapa de revisão de carcaças de aves. Um dos
efeitos positivos constatados é a redução de falhas humanas na identificação de
contaminações gastrintestinais visíveis.
O presidente da ACAV orienta que os
estabelecimentos que desejam utilizar este sistema devem revalidar o plano de
análise de perigos e pontos críticos de controle. O emprego da tecnologia não
deve comprometer a exatidão da inspeção post-mortem. A norma fixa parâmetros
mensuráveis que devem ser monitorados pelos estabelecimentos que aplicarem este
procedimento.
O monitoramento é necessário para
comprovar a eficiência do controle do processo de carcaças durante o abate de
aves. A análise e a verificação levam em conta todos os aspectos estabelecidos
pelos Serviços de Inspeção Federal (SIF) que inspecionam e fiscalizam de forma
permanente os matadouros-frigoríficos de aves.
Assim, o Brasil passa a adotar uma
tecnologia já usada com sucesso há muito tempo na indústria mundial de aves.
Postado por Matheus,
Horário: 00:52,
Data: 03/03/12,
Fonte: MB Comunicação.
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