O percentual de aumento solicitado é de 15 % para
todos os salários a partir de 1º de maio.
Está decidido: sem êxito na segunda
rodada de negociação, os empregados da construção e do mobiliário de Chapecó
decretarão greve geral. A posição foi adotada na assembleia do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó.
Os trabalhadores aprovaram, por
unanimidade, a proposta a ser encaminha imediatamente à classe patronal. A data
base profissional é 1º de maio e até lá a presidente do Siticom Izelda Oro quer
ver “tudo definido”. A negociação envolve dezenas de categorias dos setores das
indústrias da construção civil, moveleiro, cerâmica, olaria, marcenaria e do
granito.
O sentimento da classe “está muito bem
determinado”, diz a dirigente sindical. Izelda antecipou que o sindicato não
vai esperar “mais que duas reuniões com os patrões” para chegar ao consenso.
Caso a Convenção Coletiva de Trabalho - CCT não seja fechada neste prazo a
greve será iminente. Lembra que mesmo com dissídio ajuizado, os direitos dos
trabalhadores “estão garantidos” conforme prevê a Súmula 277 do Tribunal
Superior do Trabalho - TST.
A sindicalista explica que não se trata
de “radicalismo exacerbado”, mas apenas de uma constatação. Por isso não está
disposta a admitir intolerância. Ela mostra que o reajuste e os pisos estão
sendo propostos “diante da realidade de 2012 e baseados naquilo que os
trabalhadores já estão ganhando”.
Neste ano a CCT deve ser integralmente
renovada. Entrando em vigor, as questões econômicas terão validade para um ano
e as sociais, saúde e segurança do trabalhador, prazo de 24 meses. Para a
construção civil 56 cláusulas foram redigidas. Algumas delas são inéditas “e
muito importantes”. Uma, por exemplo, não permite que sentenciados trabalhem na
iniciativa privada.
A proposta
Os trabalhadores aprovaram pedido de
15% de aumento para todos os salários a partir de 1º de maio. Alguns normativos
chegam a superar a casa dos 100% de reajuste. Os pisos possuem valores
progressivos com variação entre R$ 1.000 a R$ 3.000. Neste patamar é possível
recuperar “um pouco” as perdas acumuladas ao longo dos anos.
Em todos os setores a produção “está
acelerada como nunca”, mas a mão de obra continua “com salário de fome e
amarrados às peias do capitalismo”, protesta a líder sindical. Acrescenta que o
Siticom será rigoroso e não abrirá mão de bom percentual de aumento, porque
precisa melhorar “a qualquer custo”.
Postado por Matheus,
Horário: 22:37,
Data: 25/03/13,
Fonte: Assessoria de Imprensa / Siticom.
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