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sexta-feira, 8 de março de 2013

Metamorfose ambulante

Recebemos esta coluna através do e-mail do Blog Notícias de Chapecó. Ela foi escrita por Edivan Júnior Pommerening.


O visionário Antônio de Loureiro Gil (escritor contábil) há uma década já alertava para a necessidade de o profissional do futuro ser especialista numa área, mas polivalente em conhecimento. Uma peculiaridade da globalização, essa característica exige uma visão holístico-sistêmica das pessoas que nela estão inseridas. Um dos pré-requisitos para angariar este tipo de visão é a busca constante pelo saber.
“A leitura continuada e multidisciplinar aumenta nosso poder de interpretação dos atos e fatos”. Certamente já ouvimos essa expressão dezenas de vezes, mas será que a praticamos? Aliás, quantos livros nós lemos (de fio a pavio) nos últimos seis meses? Utilizamos a internet para nos informar? Os programas de televisão que assistimos agregam conhecimento? Ficamos indignados se não aprendemos algo novo todos os dias?
Quando lemos ampliamos nosso vocabulário, e os novos vocábulos facilitam e enriquecem nossa comunicação falada e escrita. Vez ou outra o leitor/ouvinte sentirá a necessidade de consultar um dicionário, e isso é bom, pois desta forma a linguagem se desenvolve em cadeia. O inesquecível Renato Russo, filósofo brasileiro disfarçado de músico, afirmava oportunamente: “sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas?”.
Não podemos nos deixar persuadir por conceitos defendidos inadvertidamente como pétreos. Nada é para sempre, tudo pode ser repaginado através dos tempos. A evolução em parceria com um conhecimento elástico permite a quebra de paradigmas até então considerados dogmas pela humanidade. Remontamos Raul Seixas, que cantava: “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
Qual é a melhor hora para voltarmos aos bancos de uma sala de aula? Agora! Embora a academia seja um subterfúgio para que estudemos, pois cada um poderia estudar em sua própria casa (autodidata) e chegar ao mesmo escalão de quem tem um diploma universitário, economizando uma cifra considerável. Mas, se o autodidatismo requer muita disciplina, então voltemos imediatamente.
A sabedoria é o melhor remédio para as mazelas do comportamento humano. O povo brasileiro, especialmente, precisa agir com mais sabedoria. Equivocadamente esperamos atitudes dos nossos governantes quando elas devem partir de nós. Sejamos pró-ativos. Vamos ler mais livros, jornais, revistas, impressos ou digitais, mas que ampliem a abrangência do nosso saber, para que possamos ver o mundo sob outro prisma e fugir do vazio intelectual que nos assombra.


Postado por Matheus,
Horário: 18:27,
Data: 08/03/13.

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