Os novos valores estabelecidos para as
quatro faixas do piso salarial agradaram o movimento sindical catarinense. As
negociações fecharam ao final da tarde de terça-feira (15) com índices de
reajuste chegando a 9,28% e 9,37%. A atualização deve ser paga já neste mês de
janeiro.
O presidente da Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias da Carne e Alimentação de Santa Catarina
(Fetiaesc) chapecoense Miguel Padilha, disse que as discussões “chegaram a bom
termo e satisfizeram”. Houve renúncia de percentuais maiores, “mas por uma justa
causa” como, por exemplo, “a garantia de empregabilidade”.
Para o sindicalista as importâncias
determinadas “ficaram dentro da expectativa”. Pondera, no entanto, que as
classes precisam de salários compatíveis com as necessidades e exigências
constitucionais. Porém, “não podemos radicalizar ou atropelar situações que
venham a causar dificuldades ainda maiores”.
Padilha destacou que a representação
acatou as argumentações patronais, mas espera “reciprocidade” em futuro
próximo. Mesmo não sendo os índices mais apropriados, eles representam ganho
real de 3,10%, percentual 50% superior aos 6,20% da inflação acumuladas nos
últimos 12 meses. “Isso terá efeito multiplicador” comemora.
Já a presidente do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó - Siticom
Izelda Oro entende que o avanço “poderia ser maior”. Lamenta que a classe
econômica “ainda costuma chorar o leite derramado”. Entretanto, “nunca cita os
lucros que efetivamente obteve”.
Encaminhamento
O conteúdo do consenso foi entregue ao
governador Raimundo Colombo que o transformou em projeto de lei enviado nesta
quarta-feira (16) para aprovação da Assembleia Legislativa. É a terceira e
última instância do processo de atualização do piso estadual. Nas negociações
os trabalhadores foram defendidos por quatro centrais sindicais, sete
federações e o Dieese. Na defesa dos interesses dos empregadores atuaram quatro
federações e um sindicato.
Mínimos
Com os aumentos a primeira faixa passa
de R$ 700 para R$ 765 e a próxima sobe de R$ 725 para R$ 793. A terceira pula
de R$ 764 para R$ 835 a quarta salta de R$ 800 para R$ 875. No ranking nacional
Santa Catarina figura como o segundo maior piso. Só perde para o Paraná. Estão
sendo beneficiados pelo menos um milhão entre os quatro milhões que formam a
massa trabalhadora.
Postado por Matheus,
Horário: 20:10,
Data: 16/01/13,
Fonte: Assessoria de Imprensa / Fetiaesc.
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