Um instrumento para indicar em tempo real os impostos que são arrecadados no país, Estado e
municípios. Essa é a proposta que fundamenta a instalação do impostômetro no
Centro de Chapecó. A iniciativa foi oficializada em junho de 2011, em reunião
do Conselho das Entidades Empresariais de Chapecó (CEC). Em setembro seguinte
ocorreu solicitação de apoio à Federação das Indústrias de Santa Catarina
(Fiesc) e em novembro a formalização do pedido pelo Sindicato das Indústrias
Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico (Simec), seguindo-se a
integração de outros à proposta.
A finalidade é informar à população, em
tempo real, quanto ao volume de tributos recolhidos pelos governos. Será um
instrumento similar ao instalado em 2005 na capital paulista, e batizado como
Sistema Permanente de Acompanhamento das Receitas Tributárias. São considerados
os valores arrecadados em impostos, taxas ou contribuições, incluindo multas,
juros e correção monetária.
Para o então presidente do Conselho das
Entidades Empresariais de Chapecó (CEC), Lurivam Bortoli, isso
representa uma manifestação para mostrar o quanto de recursos saem das empresas
e do bolso de todos os brasileiros e que podem ser mais bem aplicados.
Argumenta que também está em conformidade com o sentimento de impotência quando
se trata do descaso com os contribuintes. “É uma forma de despertar a
população, através de números, para cobrar das autoridades mudanças neste
cenário de má aplicação do dinheiro público, em muitos casos até com atos de
corrupção, para diminuir a carga e eliminar o título dos brasileiros.”
O atual presidente do Simec, Dirceu
Francisco Gasparin, assinala que em 2012 o total arrecadado chegou à casa de R$
1 trilhão, 556 bilhões, 325 milhões e 90 mil, e que neste ano, até esta
quarta-feira, já atinge R$ 98 bilhões. “Os empresários são os que mais
contribuem e, como todos os cidadãos, sofrem com a elevada carga
tributária.”
Participação da Fiesc
Após a manifestação do Conselho das
Entidades Empresariais e de sindicatos de indústrias de Chapecó e região, em
2011, a Fiesc encampou a ideia. Para tanto, destina recursos para que o medidor
seja instalado, na Avenida Getúlio Vargas, no canteiro central entre a Rua
Marechal Deodoro e o Calçadão, próximo ao posto de informações turísticas.
Nesse sentido, para o presidente do Simec a federação auxilia, também, com
maior visibilidade às ações das entidades empresarias.
Gasparin enfatiza, ainda, que, com a
demonstração clara dos números, “o retorno em serviços públicos pode e deve
melhorar muito, além de influenciar os políticos a reduzir o volume de tributos
e às autoridades a adequar a gestão dos recursos”. O processo de arrecadação,
para o empresário, precisa se tornar mais simples e a destinação deve ser
revista, com maior participação dos municípios e a consequente redução do que é
encaminhado aos Estados e à União.
Postado por Matheus,
Horário: 16:49,
Data: 23/01/13,
Fonte: Extra Comunica.
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