A Cooperativa Mista Agropastoril
Chapecó Ltda. foi criada em 29 de outubro de 1967, tendo como presidente o
fundador Aury Luiz Bodanese, e outros 36 agricultores. Em 01 de janeiro de 1975
uniu-se a Cooperxaxiense, de Xaxim, SC. Dessa fusão resultou a Cooperativa
Regional, hoje “Agroindustrial Alfa”, ou Cooperalfa.
O fim dos anos de 1960 e década de 1970
foram basicamente destinados à estruturação inicial – seja operacional,
técnica, comercial e social. Foram anos de iniciar as primeiras filiais e
silos, começar a assistência técnica, e a organização do quadro social.
Os anos de 1980 - de performance pífia
da agricultura brasileira -, também exigiram muito esforço da cooperativa para
continuar cumprindo seu papel. Aury presidiu a Alfa até janeiro de 1997,
portanto, por 29 anos e três meses, quando deixou o cargo para o agrônomo, Mário
Lanzasnter, que por três mandatos (12 anos) esteve à frente do Conselho de
Administração. A década de 1990 ficou marcada pela expansão horizontal: Em 1999
eram compradas as instalações da Cooper Pindorama - de Xanxerê, SC; Em 2000
registrou-se a Incorporação da então Cooper São Miguel, no Extremo-Oeste, com o
apoio da Aurora. No ano de 2003, a Cooperalfa chegava ao Planalto Norte de SC,
para atender 12 municípios daquela região, sobretudo em grãos.
Em 13 de março de 2009 assumiu a
presidência da Cooperalfa para quatro anos, o associado e agricultor residente
em Planalto Alegre – SC, Romeo Bet.
Bet sintetiza 3,7
anos de mandato
Um dos fortes pilares defendidos pelo
atual Conselho de Administração da Cooperalfa é a melhor aproximação da
entidade com a liderança e, especialmente, com os demais sócios, que hoje somam
quase 16 mil, sendo 76% de economia familiar. Melhoria constante no
atendimento, solidez financeira, andamento dos projetos sociais, manutenção da
estrutura de recebimento e conservação da produção, programas técnicos e
crescimento econômico, continuam sendo metas estratégicas da Alfa, de acordo com
o atual presidente, Romeo Bet.
Cota bate R$ 140
milhões
A Cota-Capital em 2009 estava na faixa
de R$ 65 milhões e vai fechar 2012 perto de R$ de 100 milhões de crédito em
favor dos cooperados, sendo que outros R$ 40 milhões já foram distribuídos aos
que completaram 60 anos de idade ou mais.
Nos programas sociais, aparecem as
cerca de 50 mil pessoas ao ano (entre sócios e funcionários) envolvidas em
seminários, programas de qualidade, reunião de famílias, Dias de Negócios,
feiras e viagens de conhecimento incluindo jovens, novos sócios e produtoras
rurais, audiências publicas, Campos Demonstrativos e outros. Nesse aspecto, Bet
pondera: “Quem faz isso fora da Alfa? Por isso é que somos diferentes; por
isso, em hipótese alguma, devemos deixar de operar com aquilo que é nosso”,
disse aos agricultores associados.
O presidente deixou claro que o maior
investimento é no quadro social. Qual a empresa (ou sociedade) que proporciona
as oportunidades que a Alfa gera? A certeza de ver a produção num silo, bem
guardada e de receber a merecida remuneração?! “Lógico, nem sempre conseguimos
pagar a mais. Então, cabe à gente valorizar aquilo que nos pertence”.
Números convencem
Em 1970, a capacidade de armazenagem da
então CooperChapecó (que, fundida à Cooperxaxiense em 01/01/1975 se transformou
em Cooperalfa), era para 300 mil sacas, um feito histórico para a época. Em
2009, a Alfa tinha espaço para 7,9 milhões de sacas. Hoje, cabem nos silos e
armazéns nove milhões de sacas, sendo que a movimentação anual de grãos chega
perto dos 14 milhões de sacas entre milho, soja, feijão e trigo. Os
funcionários da Alfa passaram de 1.750 em 2009 para 2.300 em setembro de 2012.
As receitas totais da cooperativa
passaram de R$ 1 bi em 2009 e a previsão para 2012 é que passe a casa de R$ 1,4
bilhão, ou seja, 40% a mais em três anos. As sobras em 2009 equivaliam a 2,2%
do faturamento da Alfa; em 2010, a 3,9%; 2011, a 4,1% e até julho deste ano
(2012), a 2,6%. ”A meta até dezembro é batermos os 3% sobre o faturamento bruto
de sobra líquida à disposição da Assembleia”, almeja Bet, “o que deverá girar
na faixa dos R$ 40 milhões”.
Investimentos de 2009
para cá
O presidente da Cooperalfa abre os
dados e relata as principais obras dos últimos quatro anos, que somaram
investimentos de R$ 141 milhões (média de 3,56% sobre o faturamento, ao ano),
com destaque para o novo Superalfa Chapecó, filial e mercado em Ipuaçu, Guarujá
do Sul, ampliação do recebimento em Bom Jesus, ampliação da fábrica de rações
em Quilombo, ampliação de escritório em São Francisco do Sul e compra do posto
combustíveis Alfa/Efapi (ainda em 2009).
Em 2010 vieram o centro administrativo
da Maxicrédito em Chapecó (alugado), filial de Marechal Bormann e Caxambu do
Sul, Agropecuária de Major Vieira, Santiago do Sul, escritório departamento de
logística em Chapecó, e novas máquinas para empacotamento feijão na matriz.
No ano de 2011, a Alfa ficou marcada
pelas melhorias em São José do Cedro, expedição de farelo trigo em Chapecó,
filiais de Guatambu, Ouro Verde, Planalto Alegre, Irineópolis, Construção do
Silo de São Pascoal, ampliação de Entre Rios e Coronel Freitas, compra de
terreno em São Lourenço do Oeste para futuro investimento predial, e da Fazenda
Arvoredo (perto de Vila Milani, São Domingos).
Bet relatou que neste ano de 2012 foram
concluídos Formosa do Sul, ampliação do Silo Quilombo e ampliação da fábrica de
ração, a filial de Abelardo Luz (remodelação e Superalfa), além da aquisição e
ajustes na filial em Porto União. Em andamento estão: novo almoxarifado na
matriz, ampliação do moinho de trigo em Chapecó (que já entrou em operação
passando de 450 para 600 ton./dia de farinhas, a maioria para consumo
industrial) - obra que exigiu R$ 25 milhões em investimentos, além de cobertura
total dos silos da matriz, moega/tombador conexa à mesma estrutura. “Estão em
andamento as obras nas filiais de União do Oeste, Nova Erechim, Nova Itaberaba,
Paraíso e Quilombo”, adicionou.
Em análise para aposta futura estão:
fábrica de ração em Bom Jesus, tratamento de sementes em Chapecó, adequação das
fábricas de rações, e compostagem na Unidade de Produção de Leitões de Ponte
Serrada. Alinhou que as diretrizes da Alfa não mudam para os próximos anos:
melhoria das filiais, manter a capacidade de investimento atual, incorporar a
Coopercanoinhas (ainda em 2012), aumentar a estrutura de atendimento do
Planalto Norte, pensar numa nova indústria de soja e observar chances de
ampliação na rede Superalfa.
"Vamos sempre lutar por ideias que
beneficiem os cooperados. Contudo, os sócios – todos -, também são responsáveis
pelo sucesso deles e da sua entidade. Vamos imaginar todos puxando pro mesmo
lado, funcionários, cooperados (...), por certo a Alfa seria pequena para
tamanha movimentação de insumos e produção”.
Programas e ações
ambientais e sociais desenvolvidos pela ALFA
FOJOLICO e PER:
O FOJOLICO programa ganha fôlego via SESCOOP – Serviço Nacional de
Aprendizagem do Cooperativismo e objetiva despertar o senso de cooperação,
liderança e espírito de coletividade na juventude agrícola. Assim, essa massa
produtiva se atualiza e desperta novos olhares acerca do cooperativismo. Nessa
mesma linha, é executado o PER – Programa Empreendedor Rural, através do SENAR,
que instiga os jovens para o empreendedorismo coletivo, criando uma nova
concepção da gestão dos negócios da propriedade rural.
ESCOLA NO CAMPO:
Através da multinacional Syngenta, ocorre a conscientização constante de
alunos sobre sustentabilidade, onde as crianças percebem a importância de fazer
escolhas e os respectivos seu impacto no ambiente.
Encontro Estadual de
Mulheres Cooperativistas:
Organizado e apoiado pelo SESCOOP, é uma oportunidade de intercâmbio de
conhecimento e permite que as mulheres desfrutem de acessibilidade e
informações que ampliem a visão de mundo e do cooperativismo.
LIDERANÇAS:
O trabalho com os casais líderes levado adiante pela Cooperalfa começou
ainda na década de 1970, permite a lapidação das diretrizes da sociedade
cooperativa, bem como reforça o verdadeiro papel dos lideres, qual seja o de
“aprender eternamente” para melhor desempenhar seu papel nas comunidades que
ele as representa.
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL:
A Cooperalfa participou juntamente com a Polícia Ambiental de Chapecó e
de Quilombo, dos programas de Protetor Ambiental que contempla jovens
agricultores que estejam estudando, com idade de 12 a 14 anos, visando à
capacitação dessas pessoas para serem multiplicadores de ações ambientais nas
suas comunidades.
PROGRAMAS DE
QUALIDADE RURAL:
Através de apoio do SEBRAE, SESCOOP, SENAR e AURORA, os programas de
qualidade tiveram início em 1998, com objetivo educacional de desenvolver,
conhecer e praticar as fases do “D´Olho (Descarte, Organização, Limpeza,
Higiene e Ordem Mantida)”. Esse trabalho incorpora novos hábitos nos
investidores do campo, para que atinjam vida de qualidade, melhorando o
bem-estar físico, mental e social. Foram 3.420 famílias associadas que
participaram do programa até hoje.
O QTR permite que as famílias desenvolvam a gestão individual das
atividades rurais, criando padrões de anotação e análise contábil de números,
melhorando as decisões e tornando as propriedades mais rentáveis. Ao todo, já
se somam 1.206 famílias que desenvolveram a gestão dos seus negócios.
PAE – PLANO DE AÇÃO
EMERGENCIAL:
O PAE orienta equipes responsáveis pelo atendimento a emergências,
definindo as primeiras ações a serem adotadas, e os recursos humanos e
materiais disponíveis, quando de eventuais acidentes e sinistros com caminhões
que transportam produtos perigosos como combustíveis e agroquímicos. O PAE
neutraliza efeitos do derramamento ou minimiza suas consequências no menor
tempo possível. Isso mitiga ou neutraliza efeitos negativos sobre populações,
meio ambiente, equipamentos e instalações da COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL ALFA e
de terceiros.
SUINOCULTURA:
A Cooperalfa conta com 735 suinocultores integrados, sendo 70 produtores
de Ciclo Completo (que conduzem todas as fases da criação); 151 produtores
iniciadores (de leitões), 514 associados parceiros (que apenas engordam o
suíno). Presta serviço de assessora técnica com 160 profissionais entre,
Agrônomos, Veterinários e Técnicos em Agropecuária, para orientar os integrados
em manejo da criação e dos dejetos, bem-estar animal, cuidado sanitário,
padronização das instalações rurais e licenciamento ambiental da atividade,
visando atender orientações dos órgãos de pesquisa. Juntamente com a Aurora,
capacita integrados apoiados pelo SEBRAE, sobre Boas Práticas de Manejo
Ambiental.
AVICULTURA:
Sincronizada à Aurora, a Cooperalfa através, de criação vertical,
assiste a 870 integrados em aves com assistência técnica, pintainhos,
medicamentos, rações, e absorção da produção. O produtor é responsável pela
condução técnica adequada da criação, instalações, gestão de custos e
manutenção. Toda a criação possui licenciamento ambiental. O esterco das aves é
um dos principais adubos orgânicos utilizados na agricultura.
BOVINOCULTURA DE
LEITE:
A Cooperativa possui 752 produtores de leite associados, onde a
cooperativa é responsável pela assistência técnica, fornecimento de insumos,
recolhimento da produção, auxílio no investimento das propriedades, e
orientações sobre questões ambientais da atividade leiteira. O leite é uma
atividade que contribui significativamente na renda agropecuária em SC.
PAPA-SAB:
O programa ambiental pecuária Alfa, lançado no CDA 2011, visa recolher
resíduos sólidos utilizados no manejo e saúde animal como seringas, luvas,
embalagens de medicamentos e agulhas. Em 18 meses, já foram recolhidas 31,3
toneladas de resíduos da produção animal junto às propriedades pecuárias. Esse
material sai das granjas, segregado em bombonas, de acordo com a Classe
Toxicológica e vai para um centro de tratamento 100% ajustado ambientalmente,
em Dois Vizinhos (PR) e Mato Grosso do Sul (MS).
PLANTIO DIRETO:
Há 25 anos, a Alfa vem intensificando o trabalho com os associados que
investem em milho, soja, trigo e feijão, para que esses plantios sejam sobre a
palhada da safra anterior ou sobre coberturas de inverno. Esse sistema reduz o
impacto ambiental, amplia a atividade microbiológica, conserva o solo e água
diminuindo o prejuízo imposto pelas estiagens, recicla nutrientes naturais e
evita assoreamento de rios, açudes e fontes de água.
AGRICULTURA DE
PRECISÃO:
O programa orienta os produtores para utilizarem insumos agrícolas como
fertilizantes e corretivos na dose certa. Para isso é feito um mapeamento da
lavoura com GPS, dividindo a mesma em pequenas áreas homogêneas, onde é
possível conhecer em detalhes o perfil de fertilidade dos diferentes tipos de
solos. Esse programa possibilita reduzir o desperdício de insumos agrícolas,
melhorando a qualidade do solo e da água, e otimiza o custo de produção,
ampliando a produtividade.
BIOGÁS:
O investimento da Cooperalfa em equipamentos de processamento de dejetos
suínos permite a captação do gás metano e sua utilização para aquecimento da
água para chuveiros, cozinhar alimentos aos funcionários, e aquecimento em
leitões na creche. O projeto é desenvolvido na Unidade de Produção de Leitões -
UPL de Palma Sola.
RECOLHIMENTO DE
EMBALAGENS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS:
Em 2002, a Cooperalfa iniciou um trabalho de recolhimento das embalagens
de agrotóxicos, ajudando na época a retirar esse passivo do campo, sendo
responsável pelo recolhimento de todas as embalagens de Inseticidas,
Herbicidas, Fungicidas, Acaricidas e Nematicidas, inclusive dos não associados
e de outras casas agropecuárias. Através da Acodeplan (no norte catarinense),
Acerdax de Xanxerê, Codevale e Sudoeste Preservado no PR, a Aeroeste e a Ariace
de Campo Erê, esse material é separado, prensado e encaminhamento para as
usinas de reciclagem. A Cooperativa orienta e capacita os produtores rurais
sobre a adequada utilização dos defensivos e o uso dos EPIs, com profissionais
técnicos que emitem Receituário Agronômico e acompanham in loco a utilização
desses produtos químicos.
DOAÇÕES AO PROGRAMA
VERDE-VIDA:
Há 11 anos, a Alfa é a maior doadora de papel e plástico ao Verde-Vida
de Chapecó, com 1,2 milhão de quilos de materiais cedidos. O programa reeduca e
insere no mercado, jovens desprovidos de assistência e preparo profissional.
PARA – Programa
Ambiental de Resíduos Alfa:
Lançado em 2012, o “PARA” visa controlar, reduzir, reciclar e dar
destino correto aos resíduos (popularmente chamado de lixo), gerados nas
dependências internas da Cooperalfa. Inicialmente na matriz, em Chapecó, em
seguida, será estendido às filiais. Assim, toneladas de sobras de materiais,
oriundos das atividades, que hoje “é jogado fora”, com a separação ajustada,
vão ser reaproveitadas. Entre esses resíduos, estão: pilhas, baterias,
lâmpadas, embalagens dos postos de combustíveis, resíduos recicláveis do
Superalfa a exemplo do óleo de cozinha, além de cinzas industriais do
processamento da soja.
Postado por Matheus,
Horário: 23:17,
Data: 30/10/12,
Fonte: Assessoria de Imprensa / Cooperalfa
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