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terça-feira, 17 de julho de 2012

Na iminência de ver atividade inviabilizada, transportador se mobiliza

A situação das empresas de transporte de cargas que já preocupava, agora está quase fora de controle. Os impactos da lei 12.619 que regulamentou a profissão de motorista passam a serem sentidos com mais rigor e estão inviabilizando a atividade. O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Região de Chapecó iniciou mobilização para minimizar as dificuldades. 
O Sitran está encaminhando ao embarcador (tomador dos serviços) planilha mostrando a defasagem nas tarifas de frete que chega a 45%. Com a iniciativa o sindicato chama atenção para a iminente necessidade de reajuste no valor. “Hoje o transportador está pagando para trabalhar” diz o presidente Deneraci Perin. 
O setor acumula suportáveis prejuízos ao longo do tempo, mas agora o quadro “tornou-se insuportável”. Esta situação exigiu tomada de posição. O Sitran reuniu os empresários para debater o assunto e encontrar saídas à crise. Documento foi elaborado relatando a grave situação aos embarcadores. O grupo empresarial reunido representa 450 caminhões que transportam apenas para uma cooperativa de Chapecó. A ação “é conjunta e unânime” para dar consistência ao movimento reivindicatório. 
O Sitran espera conscientizar para a necessidade de aumento no valor do frete transportado para várias regiões do país. As planilhas simuladas mostram que o custo atual equivale a R$ 4,70 por quilômetro rodado. No entanto, o preço médio praticado é de apenas R$ 2,70. Esse vácuo “está inviabilizando nossa atividade” lamenta o dirigente sindical. 

Alto custo 

A origem dessa defasagem está centrada na jornada de trabalho estabelecida pela nova lei. O encarecimento profissional e os encargos trabalhistas projetaram para cima o custo às empresas. Para agravar ainda mais, o preço do óleo diesel acaba de subir. Diante disso, alternativas precisam ser encontradas “porque a lei tem que ser cumprida integralmente”, enfatiza o presidente do sindicato. 
O Sitran espera por resposta imediata do embarcador. Nova rodada de debate já foi marcada para o próximo dia 30. Perin disse que com a posição em mãos, as medidas que se fizerem necessárias serão adotadas. 
Eventual interferência negativa no setor, como por exemplo, a redução do número de caminhões de transporte em movimento, significa estoque de produtos, especialmente frigorificados. Consequentemente haverá desabastecimento do mercado com falta de alimento aos consumidores.


Postado por Matheus,
Horário: 15:10,
Data: 17/07/12.

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