A situação das empresas de transporte de cargas que já
preocupava, agora está quase fora de controle. Os impactos da lei 12.619 que
regulamentou a profissão de motorista passam a serem sentidos com mais rigor e
estão inviabilizando a atividade. O Sindicato das Empresas de Transporte de
Cargas da Região de Chapecó iniciou mobilização para minimizar as
dificuldades.
O Sitran está encaminhando ao embarcador (tomador dos
serviços) planilha mostrando a defasagem nas tarifas de frete que chega a 45%.
Com a iniciativa o sindicato chama atenção para a iminente necessidade de
reajuste no valor. “Hoje o transportador está pagando para trabalhar” diz o
presidente Deneraci Perin.
O setor acumula suportáveis prejuízos ao longo do tempo, mas
agora o quadro “tornou-se insuportável”. Esta situação exigiu tomada de
posição. O Sitran reuniu os empresários para debater o assunto e encontrar
saídas à crise. Documento foi elaborado relatando a grave situação aos
embarcadores. O grupo empresarial reunido representa 450 caminhões que
transportam apenas para uma cooperativa de Chapecó. A ação “é conjunta e
unânime” para dar consistência ao movimento reivindicatório.
O Sitran espera conscientizar para a necessidade de aumento
no valor do frete transportado para várias regiões do país. As planilhas
simuladas mostram que o custo atual equivale a R$ 4,70 por quilômetro rodado.
No entanto, o preço médio praticado é de apenas R$ 2,70. Esse vácuo “está
inviabilizando nossa atividade” lamenta o dirigente sindical.
Alto custo
A origem dessa defasagem está centrada na jornada de trabalho
estabelecida pela nova lei. O encarecimento profissional e os encargos
trabalhistas projetaram para cima o custo às empresas. Para agravar ainda mais,
o preço do óleo diesel acaba de subir. Diante disso, alternativas precisam ser
encontradas “porque a lei tem que ser cumprida integralmente”, enfatiza o
presidente do sindicato.
O Sitran espera por resposta imediata do embarcador. Nova
rodada de debate já foi marcada para o próximo dia 30. Perin disse que com a
posição em mãos, as medidas que se fizerem necessárias serão adotadas.
Eventual interferência negativa no setor, como por exemplo, a
redução do número de caminhões de transporte em movimento, significa estoque de
produtos, especialmente frigorificados. Consequentemente haverá
desabastecimento do mercado com falta de alimento aos consumidores.
Postado por Matheus,
Horário: 15:10,
Data: 17/07/12.
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