Todas as medidas possíveis neste
momento foram tomadas para evitar a entrada da febre aftosa em Santa Catarina.
Governos federal e estadual, produtores, importadores, empresário e demais
agentes econômicos ligados à cadeia produtiva da carne estão em estado de
atenção e vigilância, não de pânico.
A observação é do presidente da
Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Clever Pirola Ávila, em face da
ocorrência de foco de febre aftosa no departamento de San Pedro, no Paraguai. A
doença está perigosamente próxima do território catarinense que conquistou o
privilegiado (e único no Brasil) status de área livre de aftosa sem vacinação.
Ávila enfatiza que a ocorrência de
febre aftosa no Paraguai coloca em risco a sanidade animal de Santa Catarina
porque o vírus é facilmente transmissível.
Eventual entrada da doença no Estado teria
efeitos catastróficos para todos os setores da economia barriga-verde, pois,
automaticamente, as exportações de carne seriam paralisadas, as agroindústrias
teriam que demitir e os produtores não teriam mais mercado. Uma cadeia
produtiva que envolve mais de 500 mil pessoas entraria em uma crise que
repercutiria em todas as demais áreas da sociedade barriga-verde.
O dirigente realça que os setores
públicos e privados estão agindo em sintonia e que Santa Catarina está
preparada e em estado de alerta máximo para evitar que a doença entre no
território barriga-verde. “Esperamos manter esta unidade, principalmente num
ambiente de ameaça em que estamos neste momento”, sublinha.
Ávila observa que, apesar de Santa
Catarina estar preparada com estrutura física de laboratórios, veículos e
profissionais capacitados para a proteção sanitária do território, sempre há
possibilidade de evoluir. “E é o que tentamos fazer ano a ano. Temos uma
estrutura em atividade, porém na medida que galgamos novos e mais exigentes mercados
temos que buscar alternativas superiores”.
EDUCAÇÃO
A ACAV acredita que criadores,
frigoríficos, importadores e varejistas do mercado da carne estão conscientes
da complexidade desse problema. “Temos investido muito em educação para todos
os atores da cadeia produtiva. A maioria sabe quanto investimos em tempo e
recursos financeiros na última década para obtermos este status sanitário
atual”.
O comércio ilegal e importação
clandestina de carne do Paraguai para SC constituem uma das maiores ameaças,
embora as barreiras fixas e móveis trabalhem diuturnamente para evitar este
tipo de risco. “Esperamos coibir este tipo de atividade e que, sinceramente,
não existam”, encerrou o presidente da ACAV.
Postado por Matheus,
Horário: 23:34,
Data: 18/01/12,
Fonte: MB Comunicação.
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