Conectado, lendo algumas
notícias, encontrei essa reportagem sobre a história da Coca-cola. Resolvi compartilhar com vocês, leitores.
No quintal de sua casa em Atlanta
(Geórgia, EUA), o farmacêutico e militar aposentado, John Styth Pemberton, passava
o tempo inventando fórmulas complicadas, capazes de curar "todos os males
do corpo e da alma": para doenças do fígado (Triplex Pillole) e do pulmão
(Gingerina), afinar o sangue (Styllinger) ou escurecer os cabelos (Regina
Indiana). Em março de 1885, foi a vez de um tônico reconstituinte contra
"enjoo, ressaca, cansaço, exaustão física e mental", feito a partir
de uma mistura de ingredientes que vieram de longe: Coca (do Peru e da
Bolívia), com folhas que eram usadas pelos nativos como estimulante, além de
pequena quantidade de cocaína; e Cola (da África), cuja noz é rica em cafeína e
teobromina, empregada para combater fadiga e sede. Não foi original na escolha
desses ingredientes, posto já terem sido usados (embora com proporções
diferentes) num xarope produzido na Córsega (França) - o Vin Mariani. Na
esperança de que viesse a ser sua mais importante invenção, ao reproduzir no
rótulo o tipo de bebida e sua procedência, deu seu próprio nome ao produto -
Pemberton's French Wine Coca.
Por esse tempo, tratava-se ainda de um
xarope escuro, grosso e muito amargo. Insatisfeito, Pemberton continuou
acrescentando novos ingredientes à receita original, como ácido cítrico e
essências de frutas. Mais tarde, com a colaboração do amigo (e também
aposentado) Frank Robinson, patenteou a fórmula; trocou o nome para Coca-Cola
(inspirado nos seus principais ingredientes); criou logotipo, já com as letras
inclinadas que têm hoje; além de uma embalagem para atacado, em barris de
madeira (antes usados para armazenar uísque) pintados de vermelho - mesma cor
que viria, depois, a ser usada nos rótulos do produto. Segundo anúncio no The
Atlanta Journal, era "Coca-Cola! Delicious! Refreshing! Exulareting!
Invigorating!" ("Coca-Cola! Deliciosa! Refrescante! Fantástica!
Revigorante"). O tônico de Pemberton passou então a ser vendido na Jacob's
Pharmacy, ao preço de cinco cents o copo, puro ou misturado com água (natural
ou gasosa). Mas não foi um início economicamente promissor. Em média, eram
vendidas por dia apenas nove doses. Por todo um ano, apenas 94 litros.
Faturamento de 50 dólares, contra 74 aplicados nos gastos com propaganda. Em
1891, doente e quase falido, o pobre Pemberton vendeu sua fórmula a outro
farmacêutico, Asa Griggs Candler, por 2.300 dólares. Sem nem desconfiar que
estava fazendo o pior negócio de sua vida.
Postado por Matheus,
Horário: 00:33,
Data: 30/01/12,
Fonte: Terra.
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